Vida de Professor!

Vida de Professor

A tarde chegou, o dia findou, a luz sumiu.

O aluno partiu, eu a pensar por onde começar.

E a pilha de papéis era grande e com emoção e idéias de gigante fiz o levante.

Escrever é uma arte, cujo dom gostaria de ter,

Por faltar-me neste instante, como resultante

Só me leva a escrever, sem nada saber.

Chego em casa ligo a arma, que facilitaria o meu dever.

Mesmo sem domínio, apenas podendo crer,

Que o computador seria o mentor de toda organização,

facilitando o meu escrever.

O título não encontro, porém pronta a começar

 e logo digitar palavras a ordenar.

Toas ideia não cabia na seleção,

pois todas eram boas, com pouca confusão.

 Os erros ortográficos foram registrados,

Apenas assinalados para a correção.

No conjunto das idéias, pouca coisa foi mudada,

Ficando apenas o registro da arte iniciada.

Dedos sem práticas, sons da máquina,

Conteúdo a desvendar.

Frases feitas, leigas, sábias talvez.

Registros seguidos com atitudes vorazes.

Pensamentos iam longe ao mesmo tempo tão perto,

Pois os escritos ganhavam formas

E o formato da obra vinha atrás.

Idéias traçadas e não figuradas.

Aulas programadas, jamais improvisadas,

Conteúdo estudado.

Na proposta inicial um tema legal.

Cobrar ilustração poderia ser banal.

A sapiência paralela com o ideal,

Pois, todos são pequenos para uma pressão documental.

A máquina muito ajudou e o trabalho terminou,

Deixando arquivado na memória do computador

O registro do professor, que com alma se dedicou.

Letras e números são ensinados.

Os alunos disciplinados.

O saber o transformando,

O homem idealizando, construindo seu saber.

O futuro está traçado.

Com ele ficou o registro do dominado.

 A escola e o professor a certeza da construção.

Torcendo pela transformação da criança em doutor.

                                        Profª Eliana Santana